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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Demóstenes Torres só poderá se candidatar de novo daqui a 16 anos


Foi cassado ontem por um placar de 56 votos a 19 — e cinco abstenções — o mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Relator da Lei da Ficha Limpa e defensor da moralidade na Casa, Demóstenes perdeu o cargo porque foram comprovadas suas fortes ligações com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Demóstenes fica inelegível até 2027. A punição é de oito anos contados a partir do fim do mandato, que terminaria em fevereiro de 2019. Como não há eleições previstas para 2027, ele só poderá ser candidato a prefeito ou a vereador nas eleições de 2028. Em votação secreta, a maioria dos senadores concluiu que houve quebra de decoro parlamentar. Eram necessários 41 votos. Dos 81 senadores, Clóvis Fecury (MA), de licença desde 6 de julho, foi o único ausente. A votação secreta não impediu que alguns deles usassem até redes sociais para abrir o voto. Demóstenes é o segundo senador do País a ser cassado. Em 2000, Luiz Estevão, na época no PMDB do Distrito Federal, teve o mesmo fim. Demóstenes também perde o foro privilegiado e deixa de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), onde é alvo de inquérito. Como é procurador de Justiça do Ministério Público de Goiás licenciado, vai responder no Tribunal de Justiça de Goiás.

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