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domingo, 8 de julho de 2012

Brasil tem 82 escolas de 1º Mundo em áreas pobres


O Brasil ainda está distante da meta de garantir a toda criança um ensino de qualidade, mas há, dentre as mais de 40 mil escolas públicas do país, um pequeno grupo que se destaca pela excelência. São colégios que, mais do que simplesmente figurar nas primeiras posições de rankings de avaliação, conseguem algo ainda mais extraordinário: atender alunos de baixíssima renda e deixá-los com indicadores de qualidade compatíveis aos de nações desenvolvidas. Com ajuda do economista Ernesto Martins Faria, da Fundação Lemann, O GLOBO identificou essas escolas e investigou o que há em comum entre elas. Numa série de reportagens que se inicia hoje, há relatos do bom trabalho pedagógico em localidades improváveis como o interior amazonense, a área rural do Piauí, a periferia de Alagoas ou o sertão do Ceará. Nas estatísticas e nas visitas realizadas pelos repórteres, foi possível identificar que o bom resultado não é, como resumiu Faria, fruto do acaso. Nessas escolas, é notável o esforço da direção e dos professores em não deixar que nenhum aluno fique para trás e de corrigir as deficiências na aprendizagem e os problemas de frequência assim que eles são detectados. Também chama a atenção o bom ambiente escolar, com poucos casos de indisciplina e professores estimulados. O levantamento mostra que há no país 82 estabelecimentos públicos que, mesmo atendendo alunos que se encontram entre os 25% mais pobres do Brasil, conseguem atingir no Ideb, principal avaliação federal de qualidade do ensino, média igual ou superior a 6,0, considerada pelo MEC como patamar hoje de nações desenvolvidas.

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