Pelo menos 13 lotéricas foram assaltadas em Salvador e na região metropolitana no mês de junho, segundo informações do sindicato que representa o setor. Em 2012, das 174 lotéricas, 57 sofreram assaltos - o que significa um assalto a cada três lotéricas. O caso mais recente no mês de julho ocorreu na terça-feira (10), na lotérica que funciona na Estação da Lapa, terminal de ônibus mais movimentado de Salvador.
Em períodos de prêmio acumulado da Mega-Sena, as lotéricas costumam ficar cheias de apostadores. Nesta quarta-feira (11), o valor chega a R$ 27 milhões. A fila estava grande quando os homens vestidos de paletó anunciaram o assalto na tarde de terça-feira. "Eram dois homens bem vestidos, estavam de terno. [Levaram] uma média de R$ 500", relata o dono da lotérica na Lapa, Gabriel Araújo. Ninguém se feriu e, apesar do susto, a lotérica reabriu minutos depois.
Alguns municípios baianos criaram leis para combater esse tipo de roubo. Nas duas maiores cidades do interior da Bahia, Feira de Santana e Vitória da Conquista, é proibida e entrada nas lotéricas de pessoas usando capacetes. O objetivo é impedir que o equipamento sirva de máscara para os criminosos.
A medida não impediu um assalto que terminou com a morte de um homem. No início do mês passado, homens assaltaram uma lotérica e na fuga efetuaram disparos que atingiram o rapaz acompanhado da mulher grávida de sete meses. Os dois tinham acabado de fazer compras para o enxoval do primeiro filho. Ela não sofreu ferimentos. Depois do assalto, o dono investiu R$ 7 mil na segurança do estabelecimento.
Na sexta-feira (6), criminosos roubaram R$ 15 mil de uma lotérica no centro de Salvador e saquearam a clientela. Apostadores e funcionários foram colocados na cabine onde funcionam os guichês.
Quem precisa utilizar os serviços das lotéricas diariamente não esconde o medo dos assaltos. "Cada dia que passa está piorando ainda mais a situação", diz uma cliente.
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