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terça-feira, 17 de julho de 2012

Petrobras nega vazamento de benzeno em refinaria na Bahia


Sindicato denuncia vazamento de benzeno em refinaria da Petrobras (Foto: Divulgação/ Sindipetro-BA)

A Petrobras afirma que não houvevazamento de benzeno na Refinaria Landulpho Alves, que fica situada na cidade de Madre de Deus, na região metropolitana de Salvador, segundo nota divulgada nesta segunda-feira (16).
De acordo com a empresa, o que ocorreu foi o vazamento do gás nitrogênio, em que foi detectado hidrocarbonetos e benzeno, mas "perfeitamente enquadrados dentro dos limites estabelecidos na legislação".
Não há registro de danos ambientais e impacto na saúde do trabalhador, informa a Petrobras. "A unidade está em parada programada para manutenção e não produz benzeno", acrescenta a nota.
Equipe do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cesat) deve realizar uma inspeção na terça-feira (17) na Refinaria Landulpho Alves. O Cesat apura denúncia do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) sobre o vazamento de benzeno na manutenção da U-30/31.
Nesta segunda-feira (16), membros do Sindipetro-BA e do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial de Candeias (Siticcan) se reuniram com representantes da Petrobrás para discutir a situação da refinaria.
Segundo o diretor de Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Sindipetro-Ba, Deyvid Bacelar, os representantes da Petrobras afirmaram que estão tentando ao máximo evitar exposição do trabalhador com equipamentos de proteção respiratória. “Mas a contaminação também está acontecendo pelo ar. Na verdade, o ambiente está contaminado”, relata Bacelar.
De acordo com Bacelar, o maior problema é a drenagem, que deveria ser feita por uma linha fechada e é feita hoje por um sistema aberto. “O sistema deles está danificado. Eles teriam que achar uma outra tecnologia para que a drenagem fosse feita da maneira correta”, diz o diretor do Sindipetro-BA.
Denúncia
Deyvid Bacelar diz que visitou a área e constatou o vazamento no sábado (14). De acordo com o sindicalista, o serviço realizado no local já despertava a preocupação da categoria e, por isso, a Superintendência do Trabalho e Emprego de Camaçari (SRTE) foi acionada no dia 6 de junho, antes da identificação do vazamento.

"Já tínhamos receio da exposição das pessoas e avaliamos que as condições de trabalho e segurança no local são inadequadas", pontua Bacelar, que afirmou ainda que a Petrobras deve emitir relatório técnico que será enviado ao Ministério Público do Trabalho.
O sindicato afirma que um técnico que trabalha na refinaria teria identificado o vazamento na sexta-feira (13), quando registrou a ocorrência em um Certificado de Inspeção de Segurança, documento interno da empresa. A exposição ao benzeno é tóxica ao organismo humano, podendo gerar problemas de saúde como a leucemia.




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