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terça-feira, 5 de março de 2013

PRODUTORES QUEIMAM CACAU EM MANIFESTAÇÃO NO PORTO DE ILHÉUS

Produtores queimam sacos de cacau em protesto contra importação.
Produtores queimam sacos de cacau em protesto contra importação (Foto Marcos Souza/Pimenta).

O protesto contra a importação de cacau teve queima simbólica de amêndoas do produto que antes era “fruto de ouro” e tem arroba hoje cotada a meros R$ 58,00. A baixa cotação ocorre num momento de retomada da lavoura cacaueira baiana e perspectiva de produção para atender a demanda da indústria nacional.
Com a importação de amêndoas, o mercado interno sofre consequente desvalorização com o aumento de estoque. Não à toa, produtores e trabalhadores, estes ligados ao MST, conseguiram atrair a atenção de prefeitos, vereadores e deputados baianos, a exemplo de Augusto Castro (PSDB), Leur Lomanto (PMDB) e Sandro Régis (PR).
Os riscos da importação de cacau também foram lembrados no pronunciamento de autoridades e em cartazes afixados na área da manifestação. As últimas importações trouxeram carga infectadas por insetos alados, mas acabaram liberadas pelo Ministério da Agricultura.
Lenildo defende adoção do preço mínimo para o cacau (Foto Marcos Souza/Pimenta).
Lenildo defende adoção do preço mínimo para o cacau (Foto Marcos Souza/Pimenta).
Líderes regionais como o prefeito de Ibicaraí e presidente da Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia, Lenildo Santana, defenderam a adoção da política do preço mínimo também para o cacau.
Para Lenildo, a arroba de cacau a R$ 58,00 é um golpe contra a região que passou a ter ótimas perspectivas de desenvolvimento. “A concorrência tem sido desleal no momento em que a indústria prefere importar a comprar o cacau produzido no Brasil, levando a uma das mais baixas cotações do produto na história”, disse ele.


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