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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

FIÉIS REAGEM COM DESCONFIANÇA À RENÚNCIA DE BENTO XVI


Bento 16
Um misto de curiosidade, perplexidade e indiferença tomou conta de Roma no dia seguinte do anúncio inesperado da renúncia do Papa Bento XVI.

Na quarta-feira, o homem tímido e profundamente erudito que assumiu o comando da Igreja Católica em 2005 à sombra da perda de um dos Papas mais populares da História do Vaticano — João Paulo II, vítima do mal de Parkinson — vai celebrar o que será a última missa com os cardeais.
E no dia 27 se despedirá dos fiéis na Praça de São Pedro, no que será provavelmente seu último ato: no dia seguinte, às 20h, ele se recolherá carregando os segredos do papado, e voltará a ser o que era, um religioso chamado Joseph Ratzinger.
Nas ruas da capital italiana, longe da comoção que a morte de João Paulo II provocou, a notícia da partida de Bento XVI alimentou a desconfiança de alguns fiéis. Como o ex-dono de antiquário Vaklter Vattani, 65 anos, frequentador de igreja “quando precisa”.
— Aqui em Roma, temos um velho ditado popular: ‘morto um Papa, se faz outro’. Este não morreu, mas me parece estranho que um Papa ou um alemão renuncie. Para mim, a verdadeira razão não é sua idade avançada ou saúde, como anunciaram. Há algo por trás. A razão é política — disse ele.

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