Isso, isso, isso, Chaves completou, ontem, 28 anos de exibição no Brasil. No dia 24 de agosto de 1984, o SBT levava ao ar, pela primeira vez, um episódio da série de televisão humorística produzida no México desde 1972. Nessas quase três décadas, o protagonista interpretado por Roberto Goméz Bolaños, um órfão que se abriga em uma vila cheia de tipos engraçados, cativou o público de tal forma que transformou o programa em um dos poucos praticamente fixos da grade da emissora paulista. A atração chegou a ser retirada do ar no primeiro semestre deste ano, mas, diante da mobilização do público nas redes sociais, a cúpula da emissora resolveu dar um passo atrás na decisão e voltar a exibir a série diariamente em sua programação. Seria difícil - e bastante prejudicial para o canal de Silvio Santos - perder a audiência de milhares de fãs de todas as idades, felizes por assistirem aos episódios engraçadíssimos que se repetem todos os dias na TV. É surpreendente e inusitado, mas é fato: Chaves chegou a ultrapassar a audiência da Record no dia 30 de julho, durante a exibição dos Jogos Olímpicos de Londres. No momento em que os seriados norte-americanos têm tomado conta da televisão paga e aberta, é fundamental reconhecer a importância de Chaves, Seu Madruga (Ramón Valdez), Chiquinha (Maria Antonieta de las Nieves), Quico (Carlos Villagrán), Dona Florinda (Florinda Meza), Professor Girafales (Rúben Aguirre), Senhor Barriga (Edgar Vivar), Nhonho (Edgar Vivar) e tantas outras figuras que, com suas histórias, bordões e personalidades formaram um pouco do caráter de duas gerações. Para além da "competição" com os enlatados, esse humor ingênuo é um descanso para os nossos olhos e ouvidos em tempos de tanta falta de noção nos programas considerados engraçados e divertidos, de acordo com os padrões atuais. Chaves não se mistura com essa gentalha. E faz muito bem. Veja o 1º episódio...
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